Entrevista para a Revista Híbrida

No final de maio, conversei com a jornalista Maria Eugênia Gonçalves, da Revista Híbrida, um veículo feito “por e para pessoas LGBTQIAP+”. A conversa foi longa e agradável, cheia de perguntas interessantes e provocadoras que me possibilitaram traçar um panorama amplo e complexo da minha carreira e do estado da internet hoje. Já estava com expectativa alta e fui surpreendido positivamente com um texto final rico e coeso apesar do meu usual fluxo de ideias completamente caótico no dia da entrevista. Aqui o link pra entrevista completa.

Destaco aqui um trecho que revela uma das minhas principais inquietações relacionadas à internet e produção de conteúdo hoje:

“Quando rolou a compra do Elon Musk no Twitter, teve um dia fatídico que o pessoal ficou falando que a plataforma iria acabar. Eu acho que meio que acabou. Pelo menos foi o último lastro de uma configuração de internet que não é mais a que a gente vivia, que era a do feed. O Twitter ainda fingia que era esse lugar onde as coisas estão acontecendo, onde as pessoas dão opiniões, essa grande ágora – tinha essa metáfora antigamente da internet como ágora onde as pessoas vão para debater. Acredito que essa fachada está acabando. Isso é muito ruim pra gente enquanto sociedade, porque dificulta nos organizarmos politicamente, que a nossa mensagem seja ouvida e sabermos o que está circulando. Tem alguém incentivando massacre em escolas num servidor fechado e não ficamos sabendo. Só descobrimos quando acontece. É muito ruim e está sendo muito danoso”.

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